sábado, 9 de outubro de 2010

Grupo de auto-ajuda para dependentes químicos e familiares em Santa Fé do Sul-SP




Toda quinta-feira, a partir das 20:00, o Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul (COMAD) em parceria com a Secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Cidadania, Associação Anti-Alcoólica (AAA) e curso de enfermagem da FUNEC tem realizado encontros de auto-ajuda com ex dependentes químicos e seus familiares na sede da Associação Anti-Alcoólica.
O presidente do COMAD e delegado de polícia Higor Vinicius Nogueira Jorge disse que considera muito importante a reunião dos grupos de auto-ajuda, pois é uma forma de todos os participantes compartilharem suas experiências, sofrimentos, frustrações, dificuldades, medos e acima de tudo, a esperança de uma vida mais feliz longe das drogas.

A vice-presidente do COMAD e Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Cidadania Elena Rosa Vidoti informou apesar dos poucos meses que o grupo foi criado, tem sido muito importante para todos os participantes, tendo em vista que tem proporcionado mais uma fonte de apoio para os ex dependentes e seus familiares.

No dia 06 de outubro a psicóloga Flávia Rolim Martins proferiu uma palestra sobre álcool e crack para os integrantes do grupo e visitantes da Associação Anti-Alcoólica de Jales. Em seguida os integrantes passaram a discutir o problema e trocaram experiências pessoais.

Mais informações sobre o grupo de auto-ajuda podem ser obtidas no telefone (17) 3631-5515.

sábado, 4 de setembro de 2010

As drogas e o seu enfrentamento pró-ativo (artigo de Higor Vinicius Nogueira Jorge)


Há alguns anos quando se falava sobre o problema das drogas pensávamos em algo distante e que nunca nos atingiria. As drogas faziam parte do cotidiano apenas de certos bairros das grandes cidades.

Infelizmente as coisas mudaram, as drogas passaram a nos preocupar de uma forma cada vez mais intensa e esse problema tem atingido direta ou indiretamente todos os indivíduos, seja o dependente, sejam seus familiares, amigos e vizinhos em todo o Brasil.

Estima-se que existam no Brasil 1,26 milhões de dependentes em crack, incluindo crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Para enfrentar esse problema é muito importante uma atuação conjunta de órgãos governamentais e comunidade visando à prevenção e combate eficiente as drogas, bem como um tratamento que realmente consiga manter o dependente longe de recaídas e que seja reinserido na sociedade.

A prevenção deve ser permanente e principalmente direcionada a expor para as crianças e adolescentes os malefícios proporcionados pelas drogas. Os jovens devem ter a dimensão de que todas as drogas, sejam lícitas ou ilícitas, proporcionam uma falsa sensação de prazer. Esse prazer com o tempo vai se transformando em dor, na mesma medida que o usuário que até então gozava da liberdade para consumir drogas vai se tornando um escravo do vício. Os adultos também devem ter noção das consequências negativas que as drogas proporcionarão para suas vidas.

É necessário também que os órgãos incumbidos de preservar a segurança pública e por consequência de enfrentar o tráfico de drogas sejam adequadamente valorizados. Essa valorização possui diversos aspectos, dentre eles a expectativa de progressão na carreira, respeito dos superiores e também são necessários salários condizentes com a dignidade e responsabilidade do policial. Também é necessário que a Polícia Civil, a Polícia Militar e os outros órgãos atuem estritamente desenvolvendo suas atribuições constitucionais. No caso da Polícia Civil no desenvolvimento das suas atividades investigativas e de polícia judiciária e a Polícia Militar nas ações ostensivas e repressivas. Quando se fala sobre a necessária valorização das referidas forças de segurança é primordial destacar também a importância da polícia ter recursos humanos adequados. Percebemos como a falta de um efetivo adequado de policiais prejudica a eficiência do trabalho da polícia, bem como se torna muitas vezes um fator determinante da impunidade. A falta de policiais muitas vezes é proporcional ao número de crimes.

Outro aspecto relevante diz respeito ao tratamento dos dependentes de drogas. Temos notado o esforço de muitas pessoas e de suas famílias para sair dessa prisão que representa o vício, contudo a mera força de vontade em boa parte das vezes não é suficiente para que a pessoa consiga voltar a ter uma vida longe das drogas.

O tratamento básico deve ser acompanhado por uma equipe interdisciplinar composta por psicólogo, psiquiatra, enfermeiro, terapeuta ocupacional, assistente social e outros profissionais, principalmente da área da saúde.

Lembrando sempre em ações intersetoriais, pois somente com o envolvimento e o fortalecimento de todos os seguimentos da sociedade que poderemos estruturar as políticas publicas para o tratamento e prevenção de álcool e drogas.

Vários programas já são desenvolvidos em algumas regiões do Estado, com isso, o que buscamos é o envolvimento político para que tais ações também possam ser ampliadas para município de pequeno porte, como o trabalho do CAPS – AD que é desenvolvido em grandes centros, deixando municípios de pequeno porte sem um atendimento de qualidade para o dependente químico e também o trabalho com a prevenção que vem ganhando força, suscitando profissionais capacitados para lidar com a prevenção das drogas, com isso, prevenir que o individuo adoeça evitaria o crescimento exacerbado de usuários de drogas, violência que levaria ao enfraquecimento do trafico.

O CAPS-AD (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas), tem por oferecer um atendimento na área da saúde mental mais especializado para dependentes químicos, também deve ser disseminado para outras cidades, não apenas para municípios com mais de 70 mil habitantes. O mesmo ocorre com os CREAS (Centros de Referência Especializada em Assistência Social) que deve também ser expandido para municípios com menores populações.

O CRATOD (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas), que dá capacitação para profissionais da área da saúde para a prevenção e tratamento da dependência química, deve também ter suas atividades expandidas por todo o Estado de São Paulo.

E o programa PAI-PAD (Programa de Ações Integradas para a Prevenção e Atenção ao Uso de Álcool e Drogas na Comunidade), iniciado no ano de 1999, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, com a finalidade de desenvolver estratégias e ações voltadas para a prevenção e atenção aos problemas causados pelo uso de álcool e drogas. Dentre as principais atividades realizadas nesse programa consta a distribuição de material didático e treinamento de profissionais da saúde e desenvolvimento de projetos de pesquisa na área. O PAI-PAD foi escolhido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para conduzir a implantação das EDIBs (Estratégias de Diagnóstico e Intervenção Breve para problemas relacionados ao álcool). Seria muito importante que todas as Unidades Básicas de Saúde do Estado de São Paulo tenham em seu corpo de funcionários profissionais treinados pelo PAI-PAD.

O projeto Polícia Civil Comunitária (http://policiacivilcomunitaria.blogspot.com) implantado pela Polícia Civil em diversas localidades do Estado de São Paulo tem realizado diversas atividades com a finalidade de aproximar a polícia e a comunidade, bem como tornar a investigação criminal mais eficaz. Um dos principais enfoques desse importante projeto é o enfrentamento preventivo, repressivo e pró-ativo do consumo e tráfico de drogas.

O projeto Santa Fé Livre do Vício implantando pelo Conselho Municipal Antidrogas da Estância Turística de Santa Fé do Sul (blog: http://comadsantafe.blogspot.com) é uma referência, pois conta com a sinergia de órgãos públicos e de toda a comunidade no desenvolvimento de ações visando incrementar a prevenção, principalmente com as palestras realizadas em toda a região, a repressão, por intermédio da parceria com o projeto Polícia Civil Comunitária e a colaboração com o tratamento e a reinserção social de dependentes químicos, que tem sido feito pela Chácara Jerusalém e o Lar Madre Paulina, além de outras clínicas espalhadas por outras localidades.

Outro projeto que tem tido efeitos muito positivos em favor da proteção dos jovens contra as drogas é o denominado “Toque de Acolher”, implantado inicialmente em Fernandópolis pelo juiz de direito Evandro Pelarim (http://evandropelarin.blogspot.com) e depois em Ilha Solteira pelo juiz de direito Fernando Antonio de Lima e outras cidades do Brasil.

O referido projeto tem sido muito importante, pois consiste em diversas ações pró-ativas visando evitar que o jovem seja exposto a situações de risco, inclusive estabelecendo horários para que as crianças e adolescentes permaneçam nas ruas, desacompanhados dos responsáveis. Na maioria dos lugares em que foi implantado, esse projeto é conduzido pelo Poder Judiciário e conta com a participação do Ministério Público, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Polícia Militar, Guarda Municipal, dentre outros órgãos. Ao pesquisar as estatísticas criminais dos locais cujo projeto encontra-se em andamento percebe-se a diminuição da prática de crimes e a melhoria da qualidade de vida dos jovens.

Pelo exposto podemos concluir que é necessário um trabalho sinérgico que envolva órgãos públicos e comunidade, principalmente participando ativamente de ações preventivas, colaborando com o trabalho da polícia e com as entidades que promovem a recuperação dos dependentes químicos e a consequente reinserção social dos mesmos, como forma de evitar que tantas vidas humanas continuem a ser ceifadas em razão das drogas lícitas e ilícitas, como temos visto diariamente.

HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE é Delegado de Polícia, professor de análise de inteligência da Academia da Polícia Civil, professor universitário, presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul e especialista em polícia comunitária. Site: www.higorjorge.com.br




Projeto pretende acabar com as festas “open bar” - O Jornal de Santa Fé do Sul


Na última semana, mais uma vez foi levantada a questão da realização das festas open bar em Santa Fé.

O vereador Alcir Zaina elaborou um Projeto de Lei com o objetivo de impedir que essas festas aconteçam. Segundo ele, o projeto foi proposto não para impedir que as pessoas bebam, mas, sim, que não consumam exageradamente bebidas alcoólicas, pois é a ingestão excessiva que faz com que muitos acidentes, brigas e agressões aconteçam, além de ser a porta de entrada para o consumo das drogas.

“Foi pensando no bem estar da população que propus o projeto. Na última segunda-feira, dia 23, os vereadores, assim como o Comad- Conselho Municipal Antidrogas, o Conselho Tutelar e promotores de festas, nos reunimos na Câmara Municipal visando discutir o problema e encontrar soluções adequadas a todos”, disse o vereador.

De acordo com Alcir, o projeto ainda não foi para a votação, para que haja uma discussão mais ampla sobre o assunto com todas as partes envolvidas, inclusive a sociedade.

O tema proposto pelo Projeto de Lei do vereador já era uma das ações do Comad, através do projeto Santa Fé Livre do Vício, que também se empenha em buscar apoio e solução para o problema, conscientizar, auxiliar, ajudar e prevenir à população quanto ao uso de entorpecentes, cigarros e consumo de bebida alcoólica.

Segundo o presidente do Comad, o delegado de polícia Higor Vinícius Nogueira Jorge, o Conselho está muito preocupado com o consumo do álcool e de drogas na cidade. “Através do o projeto Santa Fé Livre do Vício, já realizamos mais de 30 palestras, e com as caixas coletoras colocadas em alguns pontos da cidade, através do projeto Polícia Civil Comunitária, temos o objetivo de receber denúncias de pessoas que vendam qualquer tipo de droga, permitida ou não, mas ainda é preciso que essas festas open bar sejam realizadas de maneira comprometida com o bem estar da comunidade”, explicou ele.

“O Comad tem tido muita preocupação com as festas open bar, pois as mesmas estimulam o consumo exagerado de bebida alcoólica. O preço da bebida está incluído no valor pago pelo convite da festa. Dessa forma, o indivíduo sempre acaba bebendo mais para compensar o valor pago. Bebendo sem moderação, muitos que vão as festas são habilitados e saem do local dirigindo seus veículos sob o efeito do álcool, o que, além de ser um crime, é muito perigoso”, relatou.

“Mas não é apenas isso que preocupa, mas sim que o álcool, que têm sido a porta de entrada para todas as drogas. Muitos dependentes afirmaram que começaram a se drogar, bebendo, por isso temos que realizar mais ações nesse sentido”, continuou.

Ainda de acordo com o delegado Higor, o álcool é responsável pela maioria dos acidentes de trânsito, há muitos registros de pessoas que estavam embriagadas e se envolveram em acidentes, assim como casos de violência doméstica, pois os agressores geralmente estão embriagados.

“Este ano ocorreram dois homicídios em nosso município, sendo que os responsáveis e as vítimas estavam embriagados. Todos nós recordamos das quatro adolescentes que foram atendidas no Pronto Socorro do município, no carnaval deste ano, em coma alcoólico, depois de participarem de uma festa open bar, em um clube da cidade”, relatou.

Para o delegado “a decisão de beber não é apenas uma escolha individual. O marketing publicitário investe milhões de reais em propagandas que estimulam o consumo de bebidas alcoólicas, e o mesmo marketing é obrigado por lei a sugerir que se beba com moderação. O open bar é ao contrário, pois faz apologia ao acesso livre, sem moderação, a qualquer tipo de bebida alcoólica. Este fato se reconhece quando ao adquirir o convite de uma festa open bar, muitas vezes a pessoa recebe uma caneca para consumir bebida alcoólica”, explicou.

“Cada um presente na reunião desta semana expôs seu ponto de vista. Pretendemos também realizar outras reuniões com os organizadores dessas festas para discutir ações conjuntas para a solução do consumo exagerado de álcool e não descartamos a realização de um plebiscito para que se necessário, seja impedida a realização deste tipo de evento, ou mesmo que seja feito um acordo para a realização das festas”, finalizou o delegado Higor Jorge.

Fonte: O Jornal de Santa Fé do Sul/ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

sábado, 21 de agosto de 2010

Moção do COMAD em apoio ao projeto de Lei que visa a proibição de festas "open bar"

O Conselho Municipal Antidrogas (COMAD), formado por diversos segmentos da sociedade, descritos abaixo, vem por intermédio deste, justificar o seu apoio ao referido Projeto.

O COMAD deixa claro que é favorável ao desenvolvimento turístico da Estância Turística de Santa Fé do Sul, mas que a realização de festas e outros eventos do gênero devem ser organizados de forma responsável e comprometida com o bem estar da comunidade.

O COMAD apóia e tem direcionado esforços em favor do projeto citado, pelo fato do mesmo lutar contra o estímulo ao uso desmedido de bebida alcoólica nestes eventos.

De acordo com a Polícia Civil de Santa Fé do Sul, este ano ocorreram dois homicídios em nosso município, os responsáveis e as vítimas estavam embriagados. Também quase todas as agressões cometidas contra esposas e filhos foram praticadas por pessoas sob efeito de álcool.

Todos nos recordamos das quatro adolescentes que foram atendidas no Pronto Socorro do município, no carnaval deste ano, em coma alcoólico, depois de participarem de uma festa open bar, em um clube da cidade.

Para se ter uma idéia do potencial lesivo do álcool na vida das pessoas, conforme informações do Instituto Médico Legal da cidade de São Paulo apresentaram álcool na corrente sanguínea, em níveis mais elevados do que o permitido por Lei:

- 52% das vítimas de homicídio;

- 64% daqueles que morreram afogados;

- 51% dos que faleceram em acidente de trânsito.

Entendemos que a decisão de beber não é apenas uma escolha individual. O marketing publicitário investe milhões e milhões de reais em propagandas que estimulam o consumo de bebidas alcoólicas, porém o mesmo marketing se vê obrigado por Lei a sugerir que se beba com moderação. O open bar faz processo exatamente contrario, pois faz apologia ao acesso livre, sem moderação, a qualquer tipo de bebida alcoólica. Este fato se reconhece quando ao adquirir o convite de uma festa open bar, você recebe uma caneca para consumir bebida alcoólica.

Nas horas posteriores a realização das festas open bar a população passa a correr um grande risco, pois levando em consideração que no mínimo 70% dos participantes são motoristas e que os mesmo são condutores de seus veículos, concluímos que haverá uma grande presença de motoristas embriagados transitando pelas ruas da cidade. Esta constatação temos observado constantemente, assim como temos visto diversos acidentes de trânsito, alguns com vítimas fatais, cujos motoristas se encontravam sob efeito de bebida alcoólica.

Outro dado importante é o que chamamos de miopia alcoólica: nestes casos após o uso desmedidos de álcool o individuo não tem controle sob suas ações. A maioria dos casos de contaminação por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), acontece em momentos de embriaguez em razão da não utilização de preservativos.

O COMAD sugere aos Senhores Vereadores que conheçam os quarenta internos que temos nas duas casas de recuperação de dependentes do município, bem como seus familiares e os grupos de auto-ajuda e que nunca se esqueçam que o álcool é a porta de entrada para outras drogas, como o crack, a maconha, o cigarro, a cocaína, dentre outras.

O COMAD entende que este Projeto de Lei visa evitar o surgimento de novos dependentes em drogas e a destruição de inúmeras famílias por conta do álcool. Esta ação faz parte do projeto Santa Fé Livre do Vício, desenvolvido pelo COMAD e pretende contar com o apoio dos vereadores que sejam realmente comprometidos com a população de Santa Fé do Sul.

O COMAD espera que esta Casa de Leis tenha sensibilidade e bom senso para escutar o clamor das pessoas que são vítimas do álcool e que saiba reconhecer que a dignidade da pessoa humana figura em um patamar acima dos interesses pessoais e financeiros que possam tentar influenciar a decisão dos seus vereadores.

Santa Fé do Sul, 20 de agosto de 2010.



MEMBROS DO COMAD

Higor Vinicius Nogueira Jorge Presidente do COMAD – Delegado de Polícia

Elena Rosa Teixeira Vidoti Vice Presidente do COMAD – Secretaria dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência e Cidadania

Padre Márcio Roberto dos Santos

COMAD – Igreja Católica

José Eduardo Martins COMAD - Delegado de Polícia

Sueli Moreira Marques Ferreira COMAD – Assistente Social da Secretaria da Saúde

Camila dos Reis Feitosa COMAD – Assistente Social do COMAD

Carlos Roberto Poltronieri COMAD – Guarda Municipal

Vilma M. Scatolin Rossafa Garcia COMAD – Secretaria da Ação Social

Hélio Molina Jorge COMAD – Delegado de Polícia

Adacyr Ferreira COMAD – Coordenador do CRA

Plínio Sanches Silva COMAD – Dentista

Jomar Antonio Álvares Ferreira COMAD – Empresário

Ana Pereira Gino COMAD – Membro do Conselho Tutelar

Flávia Rolim Marques COMAD – Psicóloga do CAPES

Irene Faustino de Faria Junqueira COMAD – Assistente Social do Ambulatório de Especialidades

José Luis Chiosini COMAD – Comandante da Polícia Militar

Oswaldo Avelino de Souza COMAD – Presidente da Associação Antialcoólica

Francisco Marin Cruz Netto COMAD – OAB

Maristella Araújo Macedo Santos COMAD – Assistente Social da AMIPE

Gervásio Favaro COMAD – Delegado de Polícia

Geraldo Dimas de Souza COMAD – Pastor da Igreja Peniel

João Roberto Arcalá COMAD – Secretário do Turismo e Cultura

Claudinei César Frigo COMAD – Presidente de Bairro

Caixas coletoras de denúncias em Santa Fé e região

O Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul (COMAD) e a Polícia Civil há alguns meses instalaram caixas por diversos pontos de Santa Fé do Sul, com a finalidade de permitir que a comunidade coloque informações, denúncias anônimas e sugestões para colaborar e aprimorar o trabalho investigativo da Polícia, principalmente nos crimes relacionados com drogas.

Na cidade de Santa Fé do Sul foram colocadas caixas coletoras na Prefeitura Municipal, bem como na Biblioteca e no SAAE para que qualquer pessoa ajude.

De acordo com o delegado de polícia e presidente do COMAD Higor Vinicius Nogueira Jorge as caixas fazem parte do projeto Santa Fé Livre do Vício, implementado pelo COMAD e do projeto Polícia Civil Comunitária, da Polícia Civil e tem a finalidade de estreitar o relacionamento entre a Polícia Civil e a comunidade e permitir que a população participe da gestão da segurança pública no município. O delegado informou que em razão do projeto Polícia Civil Comunitária também foram instaladas caixas em Santana da Ponte Pensa, Nova Canaã Paulista, Santa Rita D’Oeste e Santa Clara D’Oeste.

Também funciona na região o telefone 197 que é o Disque Denúncia da Polícia Civil. Quem liga não precisa se identificar e pode utilizar qualquer telefone gratuitamente.

A secretaria dos direitos da pessoa com deficiência e da cidadania e vice presidente do COMAD Elena Rosa Vidoti disse que as caixas permitem que a população ajudem a polícia a investigar todos os crimes, principalmente aqueles envolvendo entorpecentes e que muitas vezes as pessoas querem colaborar, mas não possuem canais adequados para isso. Ela informou que esse ano a secretaria e o COMAD encaminharam 60 pessoas para clínicas de recuperação de dependentes químicos e que qualquer informação sobre o tratamento pode ser obtida pelo telefone 3631-5515.

terça-feira, 18 de maio de 2010

ENTREVISTA NA REDEVIDA SOBRE O PROJETO SANTA FÉ LIVRE DO VÍCIO

No dia 21 de maio, a partir das 22:15, o presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul, Higor Vinicius Nogueira Jorge, a vice-presidente, Elena Rosa Vidoti e o membro do COMAD, padre Márcio Roberto participarão do programa Tribuna Independente na RedeVida.

Na ocasião será apresentado e discutido, em Rede Nacional, o projeto Santa Fé Livre do Vício, bem como alternativas visando a prevenção e redução da demanda de drogas e incrementação das ações investigativas da Polícia Civil contra o tráfico de drogas.

O programa será ao vivo e os telespectadores poderão participar enviando perguntas para os entrevistados pelo e-mail rvtrs@terra.com.br e pelo telefone (51) 3392-8432.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

COMAD REALIZOU COM SUCESSO I FORUM REGIONAL ANTIDROGAS

No dia 15 de abril o Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul (COMAD) realizou o I Fórum Regional Antidrogas, no Centro Integrado de Cultura Professora Eneida Andrade Dias de Santa Fé do Sul (CIC).

Na ocasião também foi lançado o projeto Santa Fé Livre do Vício que pretende mobilizar toda a comunidade na luta contra as drogas.

De acordo com o prefeito municipal de Santa Fé do Sul Antonio Carlos Favaleça “o I Fórum Regional Antidrogas é muito importante para a cidade de Santa Fé do Sul e para toda a região, pois representa uma oportunidade para discutir a necessidade de união de todos para enfrentar as drogas, difundir os seus males e recuperar os dependentes químicos”. O prefeito também ressaltou a confiança e o apoio ao projeto Santa Fé Livre do Vício.

O delegado de polícia e presidente do COMAD, Higor Vinicius Nogueira Jorge, proferiu palestra sobre o projeto Santa Fé Livre do Vício e disse que “a grande participação da população no I Fórum, que lotou o CIC, foi uma mostra da preocupação da comunidade e dos órgãos governamentais com a problemática das drogas. É necessário um trabalho preventivo contra o consumo das drogas, bem como uma incrementação no trabalho de combate as drogas, seja da Polícia Civil, seja da Polícia Militar”.

O presidente do COMAD Higor Jorge disse que o problema das drogas tem feito parte do cotidiano de todos. Seja porque algum algum familiar ou conhecido tem se envolvido com as drogas, seja em razão dos crimes que diariamente vitimizam a população que na maioria das vezes é praticado em razão do consumo das referidas substâncias. Ele também salientou que “a Polícia Civil de Santa Fé do Sul em razão de suas investigações e da sua atuação pró-ativa em desfavor do tráfico de drogas, nos últimos três meses, prendeu 17 pessoas pelo crime de tráfico”.

A secretária dos direitos da pessoa com deficiência e cidadania e vice-presidente do COMAD Elena Rosa Teixeira Vidoti afirmou que “a maior prisão do mundo não restringe os movimentos do corpo, mas o que confina nos pensamentos e controla a emoção e, consequentemente, engessa a capacidade de pensar e impede a poesia da vida. Diversas doenças psíquicas causam esse tipo de prisão, entre as quais a dependência psicológica das drogas. Nenhuma espécie ama tanto a liberdade como a espécie humana e nenhuma outra consegue perde-la com tanta facilidade”.

A vice-presidente do COMAD Elena Rosa encerrou seu pronunciamento “convidando a todos para que através desse I Fórum Antidrogas façamos parcerias e criemos políticas públicas de prevenção e combate às drogas”.

O promotor de justiça André de Almeida Panzeri proferiu a palestra “Tráfico, legislação e alguns números” e apresentou os antecedentes históricos da legislação de drogas no país e demonstrou estatísticas que comprovam a importância de toda a comunidade se mobilizar para enfrentar as drogas, pois não é um problema apenas dos órgãos governamentais.

O empresário e presidente da Comunidade Terapêutica Novo Sinai de Valentim Gentil, José Carlos Marques falou da importância de se acreditar no ser humano e do amor e esperança que todos devemos oferecer ao próximo, principalmente em favor dos dependentes químicos.

Para maiores informações visite o blog do COMAD no endereço: http://comadsantafe.blogspot.com/

sexta-feira, 9 de abril de 2010

COMAD PROMOVE I FÓRUM REGIONAL ANTIDROGAS EM SANTA FÉ DO SUL


COMAD PROMOVE I FÓRUM REGIONAL ANTIDROGAS EM SANTA FÉ DO SUL



No dia 15 de abril, o Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul (COMAD) realizará o I Fórum Regional Antidrogas e lançará o projeto Santa Fé Livre do Vício.

A abertura oficial será às 19h, no Centro Integrado de Cultura (CIC). Logo após o delegado de polícia e presidente do COMAD, Higor Vinicius Nogueira Jorge, apresentará palestra sobre o projeto Santa Fé Livre do Vício. De acordo com Higor Jorge, “o problema das drogas não é só da cidade de Santa Fé do Sul, mas de toda a região e de outras localidades. Por isso é muito importante o comprometimento de todos na discussão de possíveis soluções. O que não podemos é ficar de braços cruzados”.

A vice-presidente do COMAD e secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Cidadania, Elena Rosa Vidoti, disse que “o I Fórum Regional Antidrogas visa unir o Poder Público, a Prefeitura Municipal, o empenho da população e da comunidade para construir um futuro sem drogas”.

O co-fundador e presidente da Comunidade Terapêutica Novo Sinai de Valetim Gentil, José Carlos Marques, falará sobre o papel da iniciativa privada no enfrentamento da problemática das drogas.

A palestra de encerramento do evento será feita às 21h15 com promotor de justiça de Santa Fé do Sul, André de Almeida Panzeri, que discutirá o tráfico, a legislação e algumas estatísticas sobre drogas.

O I Fórum Regional Antidrogas é gratuito e aberto à toda a população.

O blog do COMAD é http://comadsantafe.blogspot.com e o e-mail é comad.santafe@hotmail.com.

Para se ter uma idéia da dimensão do problema das drogas na cidade e região, desde o início do ano de 2010 a Polícia Civil de Santa Fé do Sul prendeu 17 pessoas pelo crime de tráfico de drogas.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Programação do I Fórum Regional Antidrogas de Santa Fé do Sul - Divulgue


PROGRAMAÇÃO

19:00

Abertura

Antonio Carlos Favaleça – Prefeito Municipal

Fábio dos Reis Vicenzi – Presidente Câmara dos Vereadores

Elena Rosa Teixeira Vidoti – Secretaria Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Cidadania



19:45

O projeto Santa Fé Livre do Vício

Higor Vinicius Nogueira Jorge – Delegado de Polícia e Presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul



20:30

O papel da iniciativa privada no enfrentamento da problemática das drogas

José Carlos Marques – Empresário e co-fundador/presidente da Comunidade Terapêutica Novo Sinai de Valentim Gentil

Depoimento de um ex dependente químico



21:15

Tráfico, legislação e alguns números

André de Almeida Panzeri – Promotor de Justiça de Santa Fé do Sul



Informações:

Blog: http://comadsantafe.blogspot.com

E-mail: comad.santafe@hotmail.com

Telefone: (17) 3631-5515

sexta-feira, 2 de abril de 2010

C O N V I T E - I FÓRUM REGIONAL ANTIDROGAS DE SANTA FÉ DO SUL



C O N V I T E



Temos o prazer de convidá-lo (a) para participar do I FÓRUM REGIONAL ANTIDROGAS, que acontecerá no dia 15 de abril de 2010, quinta-feira, no prédio do Centro Integrado de Cultura - CIC, localizado na Rua Sete, nº. 995, Centro, Santa Fé do Sul – SP, com início às 19:00 hs.

Sua presença muito nos honrará.
Cordialmente,


 
HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE

Delegado de Polícia

Presidente do COMAD

ELENA ROSA TEIXEIRA VIDOTI

Secretária dos Dir. da Pessoa com Deficiência

Vice-Presidente do COMAD



quinta-feira, 25 de março de 2010

Cocaína

A ILUSÃO DAS DROGAS - COCAÍNA




A cocaína é uma droga extraída das folhas de uma planta denominada coca ou epadu (erythroxylon coca) e cultivada nos Andes.

A droga era vendida em farmácias no século XIX como anestésico local e tônico para dar energia, contudo tornou-se ilegal em razão de seus efeitos danosos, pois muitas vezes seus usuários vinham a óbito.

A mídia tem divulgado com freqüência casos de personalidades do meio artístico que se envolvem com a cocaína. No programa Fantástico, transmitido pela Rede Globo no dia 13 de setembro de 2009 foi entrevistado o ator Fábio Assunção que passou por diversos problemas em razão da dependência dessa droga. Ele foi internado em diversas clínicas e muitas vezes abandonou o tratamento. Entrevistado sobre os males proporcionados pelas drogas disse que havia “brincado com algo que não imaginava a dimensão” e que poderia ter tido sérios problemas com a sua vida, sua saúde ou a lei.

A cocaína chega até o consumidor em forma de pó, que é solúvel em água e serve para ser aspirado (inalado) ou dissolvido em água para uso intravenoso (injetado), ou sob a forma de base, o crack, que é pouco solúvel em água, mas que se volatiza quando aquecida e, portanto, é fumada em “cachimbos”.

A cocaína pode ser consumida sob a forma de merla, que é um produto sem refino e muito contaminado com as substâncias utilizadas na extração. A merla pode provocar hemorragia cerebral, alucinações, delírios, convulsão, enfarte cardíaco e morte .

Há também a pasta de coca que é um produto grosseiro, obtido nas primeiras fases da extração da cocaína das folhas da planta quando estas são tratadas com álcali, solvente orgânico como querosene ou gasolina e ácido sulfúrico. Essa pasta contém muitas impurezas tóxicas e é fumada em cigarros chamados “basucos” .

A cocaína torna seu usuário tolerante ao vício, ou seja, cada vez seu organismo precisa de mais droga e também desenvolve a sensibilização, que é o inverso da tolerância, pois alguns efeitos passam a ocorrer mesmo se usar pequenas doses. Normalmente são os efeitos desagradáveis que passam a ser produzidos com pouca quantidade de droga. Assim, o usuário precisa cada vez mais de drogas, porém os efeitos desagradáveis são intensificados, sendo necessário pequenas doses para que ocorram.



COCAÍNA EM PÓ

Normalmente a cocaína é experimentada pela primeira vez em festas, normalmente depois do indivíduo ingerir bebida alcoólica. Com a intenção de se divertir e experimentar novas sensações faz uso da cocaína. O álcool neste caso diminui a censura interna da pessoa e com isso ela aceita experimentar a substância sem se preocupar com as conseqüências.

A pessoa que experimenta a droga recebe uma sensação de poder e passa a enxergar tudo com mais brilho, por isso alguns chamam a droga de “bright” (brilho). O que muitos se esquecem é que com o tempo esse brilho vai se apagando e a pessoa mergulha em um poço cada vez mais profundo, chamado vício, que muitas vezes o leva a morte.

Trata-se de um psicoestimulante com efeito rápido e passageiro que faz a pessoa desejá-la cada vez mais. Quando o efeito da droga termina o usuário passa a sentir uma sensação de mal estar e muitas vezes usa a droga novamente ou outro tipo de droga, como álcool, maconha ou tranqüilizantes.

A pessoa começa a usar cocaína e a freqüência passa a aumentar, de forma que a droga passa a dominar todas suas ações, ele pode até ficar algum tempo sem consumir a cocaína, contudo se ele tiver a oportunidade de consumir a droga, se ele ingerir bebida alcoólica, se ele passar pelos pontos de venda ou encontrar outros usuários ele costuma sentir uma grande compulsão para usar novamente a droga. Com o tempo ele se torna um escravo do vício. Se ele parar de usar a cocaína, nestas situações pode ter uma recaída.

A pessoa viciada em cocaína, independente se for inalar, injetar ou fumar a droga, vai perdendo o controle do seu consumo, se tem dinheiro gasta tudo com a droga, se não tem faz qualquer coisa para adquirir a droga, seja roubar, furtar, matar ou se prostituir. Se ele não possui mais veias para aplicar a cocaína injetável ou tentar esconder as referidas marcas ele aplica em diversas partes de seu corpo, inclusive nas genitálias ou pés. Muitas vezes o viciado em cocaína morre de overdose .

O consumo de cocaína pela via nasal permite que os seus efeitos comecem de 10 a 15 minutos e por intermédio de injeção os efeitos têm início entre 3 a 5 minutos. A duração do efeito da cocaína injetada ou inalada é de 20 a 45 minutos.

O dependente que faz uso de drogas injetáveis muitas vezes compartilha seringas e por isso se contamina por doenças graves como hepatite ou AIDS.



CRACK E MERLA

O crack e a merla não podem ser transformados em pó fino, pois possuem respectivamente os aspectos de pedra e pasta. Em razão disso não podem ser aspirados e por não serem solúveis em água na podem ser injetados. Por isso são aquecidos e fumados e a sua absorção é instantânea por intermédio da via pulmonar. Entre 10 a 15 segundos seus primeiros efeitos ocorrem.

O efeito do crack dura aproximadamente 5 minutos e por durar pouco tempo o usuário passa a voltar a usar a droga logo após o desaparecimento do efeito. O usuário entra em um ritmo nefasto em que consome toda a droga que estiver com ele e gasta todo o dinheiro que tiver para adquirir drogas.

Nestas situações ele é capaz de fazer qualquer coisa para obter mais pedras de crack para usar. Essa compulsão para usar o crack é chamada de “fissura” que é uma vontade incontrolável de sentir os efeitos da droga.

O prazer proporcionado pelo crack e pela merla é muito intenso e muitos o comparam com o orgasmo, contudo após o uso repetitivo dessas drogas o usuário passa a sentir sensações muito desagradáveis, como o cansaço e a intensa depressão.

O usuário tende a repetir a dose com o intento de sentir seus efeitos e essa quantidade cada vez maior de drogas faz com que os usuários passem a ter um comportamento muito violento, irritabilidade e atitudes bizarras em razão do aparecimento da paranóia. Ele pode também ter alucinações e delírios. Esses sintomas reunidos correspondem a “psicose cocaínica”. Também é importante ressaltar que os usuários das drogas oriundas da cocaína perdem o interesse sexual e são acometidos por diversos problemas relacionados com a atividade sexual.

É comum vermos, principalmente nas grandes cidades dependentes do crack com roupas imundas, perambulando pelas ruas feitos mortos-vivos (zumbis), esqueléticos, sem comer, sem tomar banho, totalmente entregues ao vício e caminhando em direção da morte.

A pessoa que usa cocaína pode desenvolver movimentos descoordenados, ranger de dentes e mandíbula, insônia, perda de cuidados pessoais, alucinações e outros comportamentos.

O uso prolongado da cocaína desenvolve em seus consumidores uma síndrome paranóica (sensação de perseguição) exacerbada, vendo inimigos em todos os lugares. Em muitos casos os usuários de cocaína não conseguem comer, nem dormir .

O crack provoca uma síndrome pulmonar aguda e pode provocar enfisema subcutâneo do pescoço e mediastino, necrose da mucosa e laringe. A cocaína cheirada pode provocar a congestão nasal, necrose e perfuração do septo nasal e se injetada ou fumada pode produzir hipertensão arterial, taquicardia, infarto agudo do miocárdio, aneurismas dissecantes da aorta, hemorragias intracranianas, atrofia cerebral, hemorragias cerebrais e crises convulsivas .

Muitos crimes violentos foram praticados em razão da dependência da cocaína. Abaixo consta foto de apreensão de cocaína e de crack.











BIBLIOGRAFIA:

Livreto Informativo sobre Drogas. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID e Secretaria Nacional Antidrogas – SENAD, 2004.

MARLATT, Beatriz Carlini. Drogas: Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes. Série Por dentro do assunto. Secretaria Nacional Antidrogas - SENAD, Brasília-DF, 2004.

TIBA, Içami. Juventude & drogas: anjos caídos. São Paulo: Integrare, 2007.



HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE é Delegado de Polícia, professor de análise de inteligência policial da Academia da Polícia Civil, titular de cadeira da ACADPESP e diretor da ADPESP (08/09). Site: www.higorjorge.com.br Blog: http://delegadosdepolicia.blogspot.com

Maconha

A ILUSÃO DAS DROGAS - MACONHA






Em razão do convívio, em minha atuação profissional, com dependentes, ex dependentes químicos e pessoas que ainda estão tentando sair desse caminho tortuoso que é a dependência das drogas resolvi pesquisar sobre as principais drogas, suas características e efeitos.



MACONHA

A maconha é uma substância conhecida há pela menos 5.000 anos e foi nomeada em 1735 pelo botânico Carl Lineu como Cannabis sativa.

Os usuários da maconha utilizam diversos apelidos para denominar a droga, os apelidos mais conhecidos são: erva, pacau, baseado, charão, fininho, finório, hemp, beck, abangue, bagulho, birra, diamba, fuminho, fumo, gererê, marijuana, haxixe, skank, marola, camarão, taba, beck, bagana, bagulho, cachimbo da paz, capim seco, mato, paranga, etc.

A maconha é considerada a droga ilícita (proibida, ilegal) mais utilizada em todo o mundo. A planta excreta grande quantidade de uma resina composta por diversas substâncias e uma delas é o THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) que proporciona boa parte dos sintomas nos seus usuários .

De acordo com estudos científicos a maconha vicia e o seu uso provoca a tolerância (cada vez o usuário quer mais droga) e a síndrome de abstinência (conjunto de sintomas que acometem o dependente que suspenda bruscamente o uso de drogas).

O consumo da maconha não leva a outras drogas, porém quando o usuário passa a utilizar outras drogas na maioria das vezes ele fez uso da maconha.

Observa-se que o consumo da droga ocorre muitas vezes em grupos ou rodas de amigos em que cada um dos participantes fuma um pouco. Aqueles “canabistas” mais experientes influenciam amigos a experimentar. O consumo da maconha é estimulado também por músicas, símbolos e certos objetos que façam alusão ao seu consumo, como bonés, camisetas e pulseiras.

A fumaça do baseado de maconha é absorvida rapidamente pelos pulmões do usuário e logo depois os seus olhos ficam avermelhados, a boca seca e o coração disparado. O usuário fica excitado e fisicamente agitado. Se a quantidade de THC for pequena ele passa a rir sem motivos, se for maior ele fica “chapado”, com os olhos parados, perde a vivacidade e passa a falar devagar.

Outra característica do usuário de maconha é que aumenta o apetite e passa a ter vontade de ingerir, principalmente doces. Os consumidores de maconha chamam isso de larica.

A pessoa ao usar maconha fica sob seus efeitos de duas a quatro horas.

O usuário passa a tentar disfarçar o vício fazendo uso de colírios, balas e chicletes fortes, perfumes nos cabelos e mãos, amassam ervas com cheiros fortes com os dedos para disfarçar o cheiro de maconha nas mãos, tapam as soleiras das portas para não sair a fumaça se estiver fumando no interior de seu quarto, ligam o chuveiro para produzir vapor e eliminar a fumaça, acendem incensos e pulverizam perfumes fortes para disfarçar o cheiro.

O principal efeito decorrente do uso crônico da maconha é que deixa a pessoa sem vida, sem ambições, conformado com tudo e muito agressivo quando contrariado. Constantemente observamos filhos que agridem os pais em razão dos genitores não concordarem com o vício ou não entregarem dinheiro para sustentar o vício.

O usuário de maconha perde parte da motivação para viver, podem surgir quadros de ansiedade, depressão, pânico e quadro psicótico, semelhantes a esquizofrenia paranóide.

Há provas científicas que caso o usuário da maconha tiver uma doença psíquica qualquer, mas que ainda não está evidente ou a doença apareceu, mas está controlada com medicamentos adequados, a maconha piora o quadro. Assim, a droga faz surgir a doença ou neutraliza o efeito do medicamento e os sintomas da enfermidade mental reaparecem .

Também há dificuldades para lidar com frustrações e sua capacidade de diálogo, atenção, concentração, produção e relacionamento pioram muito.

A maconha diminui as defesas contra infecções, afeta testículos e ovários aumentando a chance de ocorrer infertilidade e altera o funcionamento do cérebro.

Pode ocorrer também o “flashback”, ou seja, os sintomas ressurgem como se o usuário tivesse usado maconha outra vez, sem tê-la usado.

De acordo com estimativas, fumar quatro cigarros de maconha por dia tem o mesmo poder cancerígeno do que fumar vinte cigarros comuns por dia.

De acordo com pesquisa realizada em dez capitais do país, entre estudantes da rede estadual de ensino, o uso de maconha tem aumentado. Em 1987, 2,8% dos estudantes de quinta série ao ensino médio relatavam que já haviam usado maconha, em 1989 a porcentagem aumentou para 3,4%, em 1993 para 4,5% e em 1997, foi para 7,6%. Nos Estados Unidos o problema da maconha é mais grave ainda, pois mais de um terço da população (34,2%) já usou maconha .

Pelo exposto concluímos que a família, entidades religiosas, imprensa, clubes de serviço, associações, conselhos municipais, organizações governamentais e não governamentais, enfim, a sociedade como um todo deve disseminar uma mensagem de preocupação com a maconha e com outras drogas lícitas e ilícitas, pois seus efeitos são extremamente nocivos para quem usa essa droga nefasta e também para todos que convivem com essas pessoas.

Abaixo consta imagem de apreensão de grande quantidade de maconha.







BIBLIOGRAFIA:

Livreto Informativo sobre Drogas. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID e Secretaria Nacional Antidrogas – SENAD, 2004.

MARLATT, Beatriz Carlini. Drogas: Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes. Série Por dentro do assunto. Secretaria Nacional Antidrogas - SENAD, Brasília-DF, 2004.

PERCÍLIA, Eliene. Maconha. Brasil Escola. Disponível em: . Acesso em: 07 set. 2009.

TIBA, Içami. Juventude & drogas: anjos caídos. São Paulo: Integrare, 2007.



HIGOR VINICIUS NOGUEIRA JORGE é Delegado de Polícia, professor de análise de inteligência policial da Academia da Polícia Civil, titular de cadeira da ACADPESP e diretor da ADPESP (08/09). Site: www.higorjorge.com.br Blog: http://delegadosdepolicia.blogspot.com

Leia as publicações da Secretaria Nacional Antidrogas

Série Por Dentro do Assunto


A série tem o objetivo de socializar conhecimentos dirigidos a públicos específicos. Construída com base nas necessidades expressas por múltiplos setores da população, e em conhecimentos científicos atualizados, as cartilhas procuram apresentar as questões de forma leve, informal e interativa com os leitores.

Visite o site: http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/index.php

quinta-feira, 4 de março de 2010

TOMOU POSSE O CONSELHO MUNICIPAL ANTIDROGAS DE SANTA FÉ DO SUL (COMAD-SANTA FÉ)

No dia 26 de fevereiro de 2010 na sala de reuniões da Prefeitura Municipal tomou posse o Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul (COMAD).

O Conselho tem como presidente o delegado de polícia Higor Vinicius Nogueira Jorge e vice-presidente a Secretária dos Direitos dos Deficientes e da Cidadania Elena Rosa.
Fazem parte do Conselho representantes de diversos segmentos da comunidade, inclusive da Polícia Militar, Guarda Municipal, Polícia Civil, empresários, comerciantes, profissionais liberais, professores, as secretarias da Prefeitura Municipal, dentre outras pessoas.
Na ocasião o presidente do COMAD Higor Jorge fez uma apresentação sobre a atuação do COMAD e o projeto Santa Fé Livre do Vício que terá a finalidade de difundir os malefícios proporcionados pelas drogas lícitas e ilícitas e contará com a participação de toda a comunidade.

A vice-presidente do COMAD Elena Rosa falou sobre os atendimentos que tem feito com famílias que passem por problemas relacionados com drogas e a organização do I Fórum Regional Antidrogas, que reunirá toda a região para discutir uma ação conjunta visando prevenir e combater as drogas.

O blog do Conselho é http://comadsantafe.blogspot.com e o e-mail é comad.santafe@hotmail.com